UMA ESTÁTUA PARA O ALTAIR, POR FAVOR.

Triste ainda mais por ser o Altair quem é e quem foi em campo.

 

Lembro-me muito do Altair, a partir de, pelo menos, 1956 no Fluminense até o fim da sua carreira como jogador de futebol. Sempre discreto, mas um jogador sensacional em campo, com aquelas suas perninhas de sabiá que, no entanto, eram precisas nos lendários carrinhos.

 

Na reportagem se diz que muitos consideraram ou consideram Altair o melhor marcador de Garrincha.  Eu sou um deles. Até por uma razão bem simples: ele, entre tantos laterais brasileiros, foi o escolhido para ser reserva do Nilton Santos em 58. Por que ele? Porque ele era o melhor! E não marcava só porque marcava bem o Garrincha, fato que, por si só, já o credenciava, mas porque marcava bem o Joel e tantos outros excepcionais pontas, que fervilhavam no futebol brasileiro.

 

Bem, o mal que acomete Altair não o impede de se lembrar do seu amado Clube, a quem dedicou grande parte da sua vida.  E não sei bem o que nosso Clube faz pelo Altair.  Mas eu lembro que, assim que o Altair se despediu dos gramados, um diretor do Fluminense disse no rádio que o Altair, por nunca ter deixado o clube, era considerado um Patrimônio e que receberia uma pensão vitalícia. Lembro-me disto como se fosse hoje. Mas... Como palavras são palavras, nada mais que palavras podem ter sido levadas ao vento.

Espero que o Fluminense não tenha deixado o Altair ao relento. Este, mais que a grande maioria, não mereceria isto.

 

Ah, UMA ESTÁTUA PARA O ALTAIR, POR FAVOR. SE O CASTILHO O MERECEU, ALTAIR TAMBÉM MERECE.